Segue a segunda parte da matéria do Veterano e Escritor Espedito Moreira (Colonista do Blog do Lucena e do Site da AVCFN).
         Nota de esclarecimento: o conteúdo dos textos  não são recorrentes – a primeira parte foi com religião e a segunda, com “quem sabe mais” . Ambas são fatos históricos e tem apenas finalidade “recreativa”.
O TEMPO, A HISTÓRIA E A DÚVIDA
Espedito Moreira de Mello*
II
Aqueles que estudaram, pelos menos um pouco a História do Brasil, aprenderam que foi Pedro Álvares Cabral quem descobriu (achou/encontrou) o Brasil no ano de 1500. Somando mais alguns detalhes, isso teria ocorrido no dia 22 de abril daquele ano, depois de navegar durante 43 dias, partindo de Lisboa no dia 9 de março, comandando uma frota de treze navios (caravelas). Conta a história que o objetivo da missão era chegar à Índia, onde seriam mantidas negociações para a fixação de uma estrutura para servir de apoio a transações comerciais. Durante a viagem, teria havido um acidente de percurso por falta de ventos, levando a frota a se desviar da rota previamente traçada. Em consequência disso, chegaram até as terras ainda desconhecidas.
Sem fazer elucubrações, tais como: a) se Pedro Álvares Cabral era militar, comandante da frota, ou apenas chefe da missão; b) se o descobrimento ocorrera mesmo por acaso, pela alegada calmaria – foi um afastamento muito longo – visto que, por acordos firmados entre Portugal e Espanha, estava prevista a existência de terras para esses lados; c) por fim, após as formalidades de posse da nova terra, chamada de Ilha de Vera Cruz, a frota parte do ponto onde estava fundeada, seguindo rota traçada, em linha reta, até o objetivo predefinido originalmente.
 A sequência de fatos mencionados a seguir formulará o objeto da dúvida que o leitor poderá ajudar a esclarecer:
I) em 1500, quando a nova terra foi descoberta, ela foi chamada de “Ilha de Vera Cruz” porque se acreditava ser uma ilha a terra encontrada. Verificado o engano, mudaram para “Terra de Santa Cruz” e, mais tarde, “Brasil”;
II) em 1534, depois de identificado todo o território descoberto, o rei de Portugal dividiu-o em grandes lotes (inicialmente 15), depois denominados “capitanias hereditárias”, e alugou-os (doou-os) a gente da nobreza,  mediante determinada recompensa pecuniária;
III) em 1549, o rei de Portugal nomeou o primeiro governador-geral para a colônia, seguindo-se várias outras nomeações para o mesmo cargo, mudando apenas o título do ocupante. Ora era governador-geral, ora era vice-rei,  situação que durou até a mudança da família real de Portugal para o Brasil;
IV) em 1808, a família real e toda a corte portuguesa se transferem para o Brasil. Chegando aqui, D. João, então príncipe regente, tomou várias decisões político-administrativas para facilitar a sua administração, sendo uma delas a elevação do Brasil à categoria de “Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves”, daí surgindo um novo ente político-administrativo no cenário mundial;
V) em 1822, o Brasil se torna independente de Portugal.
Eis a dúvida.
Observando-se as datas citadas e os fatos registrados, sem levar em consideração os dias e os meses, quantos anos o leitor acha que tem o País hoje, em 2014?
Escolha a opção a seguir e justifique.
a)      514;
b)      465;
c)      206;
d)     192;
e)      Nenhuma dessas.
Eu não sou dono da verdade, mas já fiz a minha escolha e vou justificá-la. Mas só no próximo “episódio”. Se o leitor escolher a mesma opção que eu, justificando sua decisão, vou concordar total ou parcialmente. Contudo, prometo explicitar o meu ponto de vista particular sobre a questão.
Até a próxima, isto é, se este texto for publicado.

 

*Veterano, escritor, membro da União Brasileira de Escritores (UBE-RN)
Por Lucio Lucena Diretor de Comunicação da AVCFN e Editor do blog.